sábado, março 23, 2013

Esta voz que me atravessa
que me queima ardente
Esta voz de vento
batendo-me no peito igual
Esta voz quente
voz pura
De secura
banal
Sussurrando
fria
De procura
de comando
Doí-me tanto
escuta
O desejo
a vírgula
Sem medida
grita
E canta
voz
Que chora
outrora
Macia
como antigamente
Voz que me engana
me atravessa
A cama
voz de vendável

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