Temo pois a vida
dá trambulhão
Carrego historias
tristes
E alegres
canso-me todas as tardes
Quando escrevo poemas
sem voz
Nestas tardes de ilusões
Falo-te de coração
temo que não lês
Que te afogues
nas saudades deste prazer
Que fujas para outro lugar
talvez o silencio dê conta
E me coma dia e noite por ser mulher
talvez o meu pensamento
Acaba com esta escrita outra vez
pois a luta continua
Nesta brisa sem luta
nesta pouca conversa outra vez
A tua vida é um barco de ilusão
umas vezes dás -me a tua mão
Outras vezes não
perdoa-me esta minha fraca voz
Esta é minha sorte
brincar
Correr
e tentar ser feliz de vez
Com esta minha sorte
talvez te ame
Meu amor
temo essa tua nova paixão de morte
Por mim outra vez