domingo, dezembro 08, 2013

Olá
sinto saudades
Que tal almoçares comigo
apetece-me um beijo colorido
Mas comprei-te algo novo
a ver vamos
Não te afastes de mim
sou sensível ao amor
Sabes por vezes finjo
que a realidade não entendo
Teu amor é destrutivo
pois esgota-me meu corpo
E o tempo
olá
Sinto saudades tuas

Sou nova-ta
caloira
Com medo do amor
tenho segredos
Gosto de tanta gente
até do povo
Imagina
meu amor
É pobre
te ignoro de novo
A verdade é que nada sei
sou nova-ta
O que me resta
tantas horas no computador
Sem te ver de novo
vejo a tua aura
E os teus olhos gulosos
a tocarem na minha pele
No meu corpo
gosto do teu cheiro doce
Dissimulado
desatento
Da tua saudade
vem do meu corpo
O que me resta
toda a tarde
Outra vez no computador
O meu amor
não é poesia
Apenas fantasia
de velhas memórias
Não paralisa
apenas é nado-morto
Fantasma
arrastando-se aos poucos
Como uma canção
que entra nos ouvidos
De meio mundo
talvez pesadelo
Dizer que gosto de ti
o meu amor
Não é poesia
Desabafos
à tua espera
A minha vida é doce
como um poema
Mas tu mesmo assim desapareces


Sabes, meu coração acorda
e a memória também
Começa um novo ciclo novo
um pressentimento
Odor
Um amor
novas palavras
Não gosto do imaginário
nem do teu gosto
Talvez o povo seja complexo
a rituais novos
Bom dia, meu amor
tudo me sabe a pouco
Neste meu coração que acorda

Quando o corpo se acomoda
a linguagem torna-se silenciosa
Existe inconvenientes quotidianos
há coisas que não entendo assim
A espera de ser inventadas
versos e poemas roubados
E no entanto faço exercício na fala
nas minhas palavras
A vida as vezes atrapalha
pois o tempo é irreparável
Não entres em pânico
a minha infância é um lugar estranho
Mas mesmo assim não me calo


Vamos sorrir
admitir
Enfrentar
emergir
Outros virão pelo mesmo
vamos evocar
Que o amor nos faz sonhar
por um mundo novo assim
Doí-me a alma
cada vez que não te vejo
Doí-me o corpo inteiro
sinto-me tola
Cheia de desejo
ligas-me
Eu não quero saber
mandas-me mensagem
Todos os dias
Teus beijos
guardo-os no meu telemóvel
Neste meu amor atrevido
doí-me a alma
Ainda bem que escrevo tudo
e nada deito fora
Se não queres saber
eu te adoro
Delete
shut down
E vai dormir
tendo em conta eu sou feliz
Dentro e fora do teu corpo
eu te vejo assim
Não sei se eu te dizer
mas sem ti
Sinto-me baralhada
com o tempo
Sozinha
preciso de ti
Mais do que precisas de mim
Quando me falas
de um amor platónico
Não me deixas ir
quando te olho
Não consigo te resistir
escrevi-te
E apaguei-te
de novo na minha alma
E do meu coração nunca o fiz
voltei de novo
Com mais tempo
e me apaixonei
Achas ridículo
invocar o silencio
De teus beijos
se sinto fome?
Sinto falta de ti
quando me falas
Foste leve
e fácil
Falaste-me de um amor
joguei-te doces palavras
Com motivos novos
nunca chegaste a meio termo
A tua palavra
vale mais do que um orgasmo léxico
Se te serve de consolo
beija-me de novo
Repetindo
as palavras certas
Que te fazem sentir
tic tac
O relógio de novo
a tua ausência é fria
E doí-me
foste fácil um dia
Sabes ainda não sei o que é o amor