segunda-feira, dezembro 16, 2013

Deveria morrer
de outra maneira
E no entanto morro
quando falo de amor
Gostei de te conhecer
um dia
Meu amor
Venho de forma sonhadora
desejo dizer tudo de novo
Com delicadeza escrevo para ti
meu amor
E para o mundo
que espera de mim
Palavras novas
eu queria um amor
Ainda quê
cheio de cicatrizes por ti
E com palavras sem títulos
eu queria enganar o leitor
E o mundo
e no entanto enganei-me a mim
Com os meus escritos 
que falam de ti


Quero uma fotografia tua
que me leve para a cama
numa cadeira vazia
Que digas que me amas
e que sou tua
O silencio tem vozes sem nome
vento que se forma
Em fome
eu queria ser tua um dia
E não sou alimentar-me da minha poesia
como faço até agora
Quero um foto nova no meu telemóvel

Versos desfeitos
em minha poesia
Escrever direito
teu amor me agonia
Eu sou
o desejo
A ironia
com tanta sombra
Quero uma fotografia tua
Neste meu livro novo

Se escrevo o que sinto
é porque meu coração é torto
E não sabe viver
e o que restou
Foi meu sentimento lindo
que te ama de novo
Este ficou cortado ao meio
dentro do meu peito
Na sala
na minha cama
O teu cheiro me enjoa
se escrevo o que sinto
Perco-te de novo

Choro de saudade
nesta mulher que sou
Encostei as minhas palavras a tua boca
na memória que ficou
Se escrevo o que sinto
é porque meu coração é tolo
Então choro
porque não te consigo ver
Talvez mentira
conto ao mundo
Como te amo
e quero assim
Mas tu nem me amas assim
eu queria
De tantas pragas curtas
talvez falha súbita
Transformar meu amor por ti

Palavras tolas
sem significado
Eu queria uma vaga promessa de sentir
que no teu coração serei eu feliz
Talvez mentira
por isso escrevo palavras tolas
Sem significado assim

Enquanto minha alma desnuda
através do brilho apagado
Olho-te com olhos gulosos
escrevo que o amor dá cabo de mim
Malditas as palavras que me separaram de ti

Hoje acordei
com vontade de te ter
Vesti-me de saudade
e sorri
Com tempo longe
eu te observo assim
Enquanto te como enfim