domingo, janeiro 20, 2013

Estes sentimentos
denunciam-me nesta doce
E amarga presença
chega de escrever
O que não vai acontecer
se um dia parar morro
Hoje dei por mim 
a envelhecer, gradualmente
A ti que não te vejo
nesta roleta sádica
Sei que não és feliz
talvez demore a escrever
É inutil este aconchego
o mundo cego
Eu apenas queria teu beijo

Quero escrever
sobre palavras
De contornos absurdos
que me lavam alma
E me completam de sentimentos
sobre esta cortina
Transparente
desperto
Saí de casa
em passo acelerado
Neste silencio azul
passo despercebido
Entre outras sombras
as vezes apenas preciso de espairecer


És  como uma aventura incorreta
num  caminho que se apaga
Numa ilusão amarga
uma aventura
Como um grito no silencio
uma queda
Liberdade
medo
O final de um começo
amor
Amizade
solidão
Um abraço
aconchego
Uma dor que não passa
uma velha gravata
Um beijo
chora
Amigo/a

Voz no meu diário
te encontrei de novo
Em meu coração 
aos pedaços
Dentro do meu corpo
enrosquei-me nos teus lábios doces
E pedi-te deixa-me caminhar
sorrir
Partilhar
meu amor contigo
Minha pele estremece
Parei
E observei-te
24h por dia
sinto o teu pulsar no meu corpo
Percorrendo este me olhar
mergulho no infinito
Talvez detalhes de uma vida amarga
sem vida
Sinto a alma nubil
e uma paixão acelerada
Escrevo com pureza
do que precisas
Na madrugada
ao meio dia
Num espaço branco
e firme
Quero-te proteger
todos os dias

Teu corpo
transforma-se numa mentira
Pede fusão
derrete o mundo inteiro
Onde o teu ego não chega mais
teu cheiro
alimento
teu riso
Teu aroma a perfume
eu sinto
Esqueci o medo
mergulhada
Minha nuca arrepia
Com este sentimento
e o tempo que não volta atras
Esqueço-me de chorar

Deixa-me ajudar-te
porque gosto eu de ti
Teu jeito me amarra
me cala
Me seduz
neste teu sentido
Com pouca luz
o que preciso é de amor
De momento perdi-te
teu jaito me faz
Esquecer tudo
teu corpo eu não quero mais