sábado, abril 16, 2016

Um dia sentei-me 
e contei-te a verdade
Do que não poderia existir
talvez busque originalidade
Do que exista em mim
apesar de escrever muitas palavras
Lembro sempre de ti
hoje as palavras me guiam por labirintos
Até a ti
e deixam de existir
Tanto para mim
como para ti
Um dia sentei-me e contei-te tudo
até a verdade do meu mundo
Tenho medo de não gostar de ti
de me fechares a porta
As nossas vidas cruzam-se de novo
muitos olhos se desviam
Criam atalhos
nossa pele sente a chama de coisas novas
O que poderia sentir
o que nunca tive
Um dia sentei-me a tua porta e contei-te tudo
o que não vivi ainda
Tenho medo de parar de gostar de ti
poças fecha a porta
Gosto de coisas novas

Não sinto medo
apenas sinto falta
Quando sonho contigo
e não te vejo
Deixei de sentir
o que sentia por ti
És o amanhã na minha cama
uma cara nova que deixa de existir
Tentei-me afastar
mas não consegui
Tenho a voz rouca
sobre o teu corpo
Será que agora devo sorrir
por que nada me importa
Não tenho medo
apenas não tenho a certeza assim